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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O GAPECC abre vagas para o seu PRÉ-VESTIBULAR GRATUITO!!
Exclusivo para estudantes da Rede pública de ensino.
LOCAL: Colégio Manoel Devoto – Rio Vermelho.
HORÁRIO: 14 às 18hs
DATA: 05 a 08 de Março.
SERÁ COBRADA TAXA DE MATRICULA NO VALOR DE R $ 5,00.
Acessar questionário de inscrição em: http://www.gapecc.wordpress.com
Atendimento por ordem de chegada!!!
A universidade pública pertence a você, lute pelo direito que é seu!
Tel.: (71)  8207-5704, 8718-9901, 8634-5757, 8263-4209, 9330-5840, 8219-1572

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Violência Racial & Policial

'Ela só queria nos humilhar' conta estudantes africanos sobre racismo da polícia em Porto Alegre



Por-Ramiro-Furquim-africanos 3Africanos ainda tentam entender racismo da polícia em Porto Alegre
Quando vieram ao Brasil em busca de aperfeiçoamento profissional, Sagesse Ilunga Kalala, de 21 anos, e Tibule Aymar Sedjro, de 22 anos, pensavam que estavam desembarcando no país do futebol e das belas praias. Mal sabiam os dois africanos que, além de encontrar pessoas e aprender um novo idioma, iriam conhecer um pouco do que há de mais negativo no ser humano. Palavras como racismo, discriminação e preconceito passariam a integrar o vocabulário e o cotidiano dos dois jovens.
Sagesse, da República Democrática do Congo, e Tibule, do Benin, estão em Porto Alegre desde o início do ano passado para estudar português – etapa obrigatória de um convênio entre o governo brasileiro e países africanos, que em seguida deslocará os dois para a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), onde cursarão, respectivamente, Biologia e Oceanologia.
Com quase um ano de Brasil, o português flui com relativa facilidade, ainda que com um indisfarçável sotaque francês. Deixam até escapar um "tri" de vez em quando.
Mas definitivamente essa não é a melhor expressão para qualificar o que aconteceu com os dois em solo gaúcho. Talvez ignorância e despreparo sejam duas palavras que caibam bem à atitude da policial militar que, na manhã de 17 de janeiro, apontou uma arma para Sagesse e Tibule dentro de um ônibus pelo simples fato de eles serem negros.
Eles estavam indo para o Centro encontar uma amiga e, em seguida, iriam para a Polícia Federal renovar seus vistos para permanecerem mais um ano no Brasil. Sentados no fundo de um Campus-Ipiranga, conversando em francês, perceberam que a policial que estava no coletivo não parava de encará-los.
Por-Ramiro-Furquim-Sul21-africanos 2"Não sei se foi por sermos negros ou por sermos africanos", questiona Tibule
"Comecei a me sentir mal. Por que ela nos olhava assim?", questiona Sagesse, ainda tentando entender o que aconteceu naquela manhã. Após pedir reforços pelo telefone, a policial ordenou que o ônibus parasse imediamente, sacou a arma, apontou para a dupla de africanos e berrou: "Saiam do ônibus com as mãos na cabeça!".
Imediatamente, todos os passageiros abaixaram a cabeça. Sagesse e Tibule quiseram fazer o mesmo, sem entender que, para a autoridade presente, o problema era justamente eles. "Foi então que percebi que estava falando com a gente. Eu disse que éramos estrangeiros e perguntei o que havíamos feito, mas ela só ficava me mandando calar a boca", lembra o congolense.
Apavorados e sem saber o que levava uma policial a apontar uma arma para eles em pleno ônibus, os dois desceram, sempre com as mãos na cabeça e sob a mira do revolver, e foram recebidos por três viaturas e uma moto da Brigada Militar. No caminho para a descida, Tibule ainda deixou cair seu celular e, quando se abaixou para pegar, foi impedido pela polícial, que engatilhou a arma e não permitiu que ele fizesse qualquer movimento.
Com as mãos encostadas no ônibus, sendo observados por todos que estavam dentro do coletivo, além da multidão de curiosos que se aglomerava, Tibule e Sagesse foram revistados por outros policiais, enquanto a mulher permanecia com a arma apontada pra eles.
Ela perguntou porque os dois estavam conversando entre eles e olhando para ela. Mal sabia a policial que estavam justamente se questionando sobre as desconfiadas e contínuas olhadas dela. Fora do ônibus, ao ser questionado pela brigadiana, Sagesse não teve dúvidas ao responder. "Sim, estávamos conversando. Não temos mais o direito de conversar?".
Como percebeu que a cada coisa que dizia, era repreendido com um irritadiço "cala a boca!", Sagesse decidiu não falar mais nada. E orientou, em francês, que Tibule também ficasse quieto, temendo a ira dos policiais. "Não fala mais, Tibule, eles podem nos levar para qualquer lugar", comentou.
Tibule, visivelmente irritado com a situação, balançava a cabeça de um lado para outro em sinal de inconformidade. Como recompensa pela insatisfação, recebeu uma gravata no pescoço antes de ser algemado com Sagesse e levado para o posto da Brigada Militar na Redenção.
"Pensei que talvez tivessem nos confundido com criminosos procurados. Achei que fossem nos soltar depois da revista, pois não haviam encontrado nada. Eu já não estava entendendo mais nada", recorda Sagesse.
No posto policial, os dois comprovaram com documentos o que o preconceito impedia a polícia de ver: que eram estrangeiros e que estudavam português na Ufrgs. Foram liberados, mas se recusaram a sair.
"Queríamos saber porque havíamos sido detidos. Como insistimos em perguntar, um policial negro nos disse, apontando para a sua pele: 'Vocês não sabem que isso no Brasil sempre aconteceu e vai acontecer de novo?'". Foi assim, ouvindo da própria Brigada Militar que haviam sido retirados do ônibus, algemados e levados a um posto policial apenas por serem negros, que os dois africanos deixaram o local e, imediatamente, entraram em contato com amigos para saber como agir diante do acontecido.
"No meu país, a polícia não suspeita de uma pessoa só por ela ser branca"
Por-Ramiro-Furquim-africanos rs"Ela só queria nos humilhar", entende Sagesse
A primeira vez que Sagesse Ilunga Kalala sentiu que estava sendo discriminado por ser negro foi no Brasil. Foi, mais especificamente, num supermercado na cidade gaúcha de Igrejinha. "Os seguranças ficavam atrás de mim o tempo inteiro. Tinha muita gente lá dentro, mas só eu e meu amigo éramos seguidos pelos seguranças como se fôssemos criminosos. Eu não estava entendendo", conta o congolense, que decidiu deixar o estabelecimento sem levar nada.
Tibule Aymar Sedjro também sente o fardo que é ser negro num país onde, apesar de séculos de miscigenação, o racismo ainda é uma realidade cotidiana. "Quando um negro chega numa loja, é comum os seguranças ficarem olhando para ver se ele vai roubar algo. Não sei por que, se todo mundo é igual. Mas não observam os brancos da mesma forma", lamenta o jovem do Benin.
Há quase um ano vivendo no Rio Grande do Sul, Tibule já aprendeu uma triste lição de história nacional que não precisa de estudos para ser comprovada. "O racismo é mais forte no Sul do que no resto do Brasil", explica.
Passadas quase três semanas após o traumático episódio da detenção num ònibus em Porto Alegre, os dois africanos falam com tranquilidade sobre o assunto e ainda tentam entender por que uma policial teria feito tudo aquilo apenas por eles serem negros. No histórico de vida deles, não há nenhuma referência cultural, social, política ou piscológica que justifique a atitude da Brigada Militar no dia 17 de janeiro deste ano.
Vindos de países africanos, eles não conseguem entender como alguém pode ser discriminado tão somente por ser negro. "No meu país a polícia não suspeita de uma pessoa só por ela ser branca. Nunca. Só estou vivendo racismo no Brasil", compara.
Tibule ainda junta as peças no tabuleiro étnico e comportamental para tentar encontrar uma resposta. "Ainda não sei se aconteceu aquilo tudo só por sermos negros ou por sermos africanos", comenta.
Os dois jovens ainda não contaram a seus pais sobre o ocorrido. Sagesse não quer preocupar sua mãe, que sempre foi contra sua vinda ao Brasil. "Desde criança eu gostava do Brasil. Na África todos sabem que é um país maravilhoso. Minha mãe não quis me deixar vir, tinha medo do tráfico de drogas e das favelas, mas eu dizia a ela que só mostravam aquilo nos filmes. Eu tenho amigos que já moravam aqui e me diziam que havia racismo, mas eu não acreditava, achava que falavam isso para me assustar. Nunca pensei que seria verdade", desabafa o congolense, que ainda pensa numa maneira de contar à sua mãe que foi algemado pela polícia apenas por ser negro.
Tibule contou apenas ao seu irmão o que aconteceu e ainda tenta encontrar paralelo para algo parecido que possa ter ocorrido em sua terra natal. "Nunca vi a polícia apontar a arma para alguém sem nenhum motivo no Benin", compara. E confessa que teve medo de ser injustamente incriminado pela Brigada Militar. "Tive medo, pensei que podiam colocar drogas na nossa mochila, aí mudaria tudo", considera.
Por-Ramiro-Furquim-africanos 4Sagesse conta: "ela falou algo sobre meu tênis, não entendi direito. Respondi: o que tem o meu tênis? Meu tênis nao fez nada!"
Atormentado com a arma engatilhada apontada em sua direção, Sagesse não teve tempo de fazer muitas conjecturas mentais. Quase três semanas após o episódio, ele confessa que também sentiu medo. Mas não de ser preso. "Tive medo de morrer, porque ela estava com uma arma engatilhada apontada para nós. Ela podia ter feito algo errado e alguém dentro do ônibus podia ter morrido. Foi um susto muito grande, pensei que minha vida fosse acabar naquele dia", confessa.
Hoje, ele entende que a polícial queria humilhar os dois. Mas ainda não entende por que. "Ela queria só nos humilhar. Todos no ônibus estavam conversando, só nós dois que não tinhamos esse direito?", pergunta.
A policial que iniciou a abordagem não teve seu nome divulgado pela Brigada Militar, que já instaurou um Inquérito Policial Militar para investigar o caso. Além disso, o comando da corporação se reuniur com os dois jovens e pediu desculpas pelo ocorrido.
Apesar do episódio, Sagesse e Tibule seguem convictos em permanecer no país. "Queremos continuar no Brasil. Mas estamos desconfiados da polícia. Como uma polícia que deveria proteger as pessoas nos ameaça? É complicado... Não quero que isso aconteça novamente", lamenta.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

5 anos de Lei Maria da Penha – Faça valer os seus direitos.




Esta matéria não trará fotos bonitas, cheias da Expressão Feminina como eu gosto de retratá-la. Terá sim, fotos fortes, de Campanhas contra a agressão doméstica. Hoje comemora-se 5 anos do sancionamento de uma importante Lei, que surgiu para coibir este tipo de atitude contra a mulher: a Lei Maria da Penha. Peço que leiam até o fim! O assunto é de suma importância para toda a sociedade e principalmente, para nós, mulheres.
Em 7 de agosto de 2006, foi sancionada pelo então Presidente Luis Inácio “Lula” da Silva, a Lei Maria da Penha, que visa aumentar o rigor das penas aplicadas aos causadores da violência doméstica contra as mulheres.
Maria da Penha Maia Fernandes é uma biofarmacêutica brasileira que ficou paraplégica devido às agressões que sofreu do seu marido. Sua luta para que seu agressor viesse a ser condenado fizeram com que a Lei levasse seu nome. Maria da Penha hoje é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres.

Diz a introdução da Lei Maria da Penha:
“Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.”
À primeira vista, a resolução do problema parece simples: foi agredida? Denuncia o desgraçado, faça com que seja aplicada a Lei Maria da Penha e nunca mais queira ver o infeliz por perto!
Lembro no final da minha adolescência, quando soube que uma colega era agredida pelo namorado, que e eu, prontamente, disse pra ela o óbvio (pra quem está de fora da situação): Larga esse cara! Ela contra-argumentava que depois ele se arrependia, pedia perdão de joelhos, trazia flores, ficava que era um doce… E então ela acreditava que não aconteceria mais. E, como gostava dele, acabava continuando a tal relação sado-masoquista que tinha se instaurado.

Claro! É este o mecanismo inicial: o agressor tenta despertar a piedade da vítima, e tenta convencê-la de que teve um momento de descontrole “porque a ama demais”! A vítima, fragilizada pelo ocorrido que provavelmente  a fez pensar: “Não pode! Foi engano! Não pode ter acontecido comigo!Eu não merecia isso!”, acaba aceitando, querendo crer que o imbecil “caiu em si” e viu a merda que fez. BULLSHIT!!! Isso é golpe! Faz parte do jogo! O agressor só está criando a dependência emocional da qual precisa para manter a vítima envolta por seu sentimento doentio! E entendida esta dinâmica, foi criada a Lei Maria da Penha, para livrar a mulher deste perigoso ciclo.

Não falo por “achismo” ou só porque leio “as pesquisas” sobre o assunto… Infelizmente, falo por experiência própria. Sou uma sobrevivente! Fui vítima de agressão doméstica. Faço parte das malditas estatísticas: pesquisas revelam que 1 em cada 5 mulheres ADMITE já ter sofrido algum tipo de agressão por parte de um homem (fora as que não admitem!) e que, em 80% dos casos, os responsáveis por tal ato foram seus parceiros (marido ou namorado). E fui beneficiada pela Lei Maria da Penha ao dar meu basta na situação.
Mas o fato é que os sintomas de que o seu “príncipe encantado” é, na verdade, um agressor, podem ser percebidos desde muito cedo. Hoje, anos depois do que foi o maior pesadelo que já vivi, percebo que tudo poderia ter sido evitado muito cedo.


Vamos aos sintomas!
-Ciúme excessivo: Não! Isso NÃO QUER DIZER que ele te ama demais! Isto demonstra que o cara tem baixa auto-estima e que não consegue estabelecer uma relação de confiança contigo. Também pode demonstrar que ele é tão desonesto contigo que acredita que também devas ser com ele! Teu namorado é ciumento demais? Pula fora enquanto é tempo!
-Censura frequentes às tuas roupas, tudo é “indecente”: o cara não te vê como mulher, mas sim como um objeto de propriedade dele. Dica: não deixe de andar como bem entende! Se ceder uma vez, a coisa só tende a piorar! Vai acabar querendo que tu andes de “Burka”! Imponha tua vontade!
-Críticas e ofensas: se em uma discussão ele começa a desferir pejorativos, já demonstra a falta de respeito por ti! Deixe claro que não aceitará novamente! Se continuar acontecendo, manda andar! Continuando com ele, soará como se tivesse aceito e não vai parar de acontecer!

-Tapa, apertão no braço, ou qualquer outra forma de agressão física: Não! Não foi um “momento de descontrole”!  Quem agride fisicamente É um descontrolado! E, NÃO! Por mais que tu sejas a coisa mais querida do mundo, se continuar com ele, VOLTARÁ A ACONTECER! Pode passar meses… Mas um dia COM CERTEZA, acontecerá de novo! Por mais que estejas perdidamente apaixonada, larga que é fria: teus bons atos não vão convencê-lo de que não mereces os destratos. Antes, demontrará que foste “domada”. Que ter sido agredida te deixou “mais comportada”!
E por aí vai… Existem muitos outros sintomas, mas ao meu ver, esses são os mais pontuais.
E a solução é uma só: Se afastar dessa pessoa! Sério mesmo: NÃO DEIXAR QUE ELE SE APROXIME mais de ti! Porque as estratégias utilizadas pelos agressores são sempre as mesmas e, às vezes, um único encontro pode ser o suficiente para que sejas enredada novamente no jogo de chantagem e dependência que se arma.


Há, também, mulheres que aguentam uma situação insustentável, por não quererem separar os filhos do pai, sem perceberem que, justamente, PELOS filhos, DEVE afastar-se do agressor. Afinal, que tipo de homem ou mulher será um menino ou menina que assista a mãe ser agredida pelo pai, e depois os vê de beijos e abraços? Provavelmente entenderão que a  dinâmica é esta: a agressão e depois a reconciliação. E crescerão achando que este é o normal. E não é! Amor tem que ser gostoso! Não tem que ter dor. Não pode ser amargo!
E o assunto não é brincadeira: o desfecho de muitos casos é a morte!
Descobri alguns sites sobre o tema. Existe, inclusive a Rede Social Maria da Penha, onde podem ser encontrados detalhes sobre onde buscar apoio e proteção em caso de agressão, quais são as fases da violência doméstica e até como identificar um agressor. Outros, como o Mais Mulheres no Poder, já entram no âmbito político, incentivando mulheres à agirem ativamente quanto aos seus direitos, sendo que uma das formas de fazer que isto aconteça é participando da política.

A agressão doméstica contra a mulher é algo muito frequente, em todos os países, em todas as classes sociais. É uma questão cultural universal que, para mim, soa ter seu berço nas religiões, pois onde senão nos “Livros Sagrados” é mais demonstrado que a mulher esta abaixo do homem, que lhe deve respeito e obediência, que a honra masculina está acima da vida da mulher?! Como já falei, em algum outro post, já começam nos ensinando (e ainda bem que não aprendi) que há um “ser supremo” no Universo e que este ser é um “Pai”, ou seja, um homem!

A violência contra a mulher deixa marcas indeléveis. Hoje, tenho a impressão de poder identificar na rua a mulher que está sendo agredida. Já parei para conversar com algumas delas e confirmei minhas suspeitas. A agressão doméstica abala a auto-confiança e auto-crítica da mulher. Seu olhar muda, tornando-se pesado e distante. Atrapalha sua concentração, sua capacidade de raciocínio e de aprendizado. Destrói uma parte de sua personalidade.
Mas é possível se reconstruir.  E o primeiro passo rumo a esta reconstrução É AFASTAR-SE do agressor.
Então se tu sofres ou conheces alguma mulher que está sofrendo algum tipo de agressão, procura ajuda, oferece ajuda.  Tome ou ajude alguma outra mulher a tomar a decisão certa, que é abreviar o seu sofrimento e reassumir as rédeas da própria vida.
E que o MEDO não seja impedimento para dar um basta na situação! Afinal, saindo da relação violenta, há uma chance de voltar a ser quem se era. Aceitando, será o atestado de que isso NUNCA voltará a acontecer. Tu deixarás de ser tu mesma para se tornar vítima de um doente-mental. E o final pode ser mais trágico do que se imagina!
Que essa vez, seja a última vez, como diz na letra de “This Time”, música de Celine Dion sobre agressão doméstica! Ouça, assistindo ao vídeo abaixo! Para letras e tradução clique AQUI!
Se ame! E faça valer os seus direitos! Parabéns e muito obrigada à Maria da Penha!

Ministro da Igualdade Racial manda fax para governador pedindo providências e Civil muda a ilustração racista em curso

Camilo Coelho - Extra


RIO - "As fotos serão retiradas e vão ficar apenas as identificações nominais". Segundo o subchefe de Polícia Civil, delegado Ricardo Martins, a decisão foi tomada após a divulgação do quadro usado no curso da Delegacia Legal, onde um negro aparecia como traficante e um branco, como usuário. Em Brasília, o ministro interino da Secretaria da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araújo, não gostou nada do que viu.
- Quando a gente vê um estado federado tratar desta forma a questão, temos a certeza de que precisamos criar uma nova cultura. Estamos às vésperas de votar o estatuto da igualdade racial e ainda existe discriminação pela cor de pele - disse ele.
O ministro aproveitou para enviar um fax ao governador Sérgio Cabral pedindo que o autor da página seja responsabilizado. Ele também pediu que o quadro seja retirado da internet, o que já estava sendo feito. Segundo Ricardo Martins, a imagem já estava no ar há quatro anos, mas ninguém tinha percebido.
- O programa é ótimo, o curso é muito bom, mas aquele detalhe estava passando despercebido - explicou o subchefe.

MP está analisando
O caso também será analisado por uma das promotorias de cidadania. Segundo o Ministério Público estadual, foi feita uma denúncia que, agora, será distribuída para uma das oito promotorias. Caberá ao promotor decidir pela instauração de um inquérito civil público.
- O caso merece um esclarecimento, mas não com mérito punitivo. Seria mais uma orientação para a polícia criar um novo conteúdo de formação, com atualização - disse um dos promotores.
Para Ivanir dos Santos, diretor do Cento de Articulação de Populações Marginalizadas, o quadro é apenas uma comprovação da discriminação sofrida pelo negro:
- É lamentável que ainda hoje a polícia possa oferecer algo assim. É um retrocesso. Você ensina que o policial precisa combater o negro, porque o branco é só usuários - reclamou Ivanir.


Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/ministro-da-igualdade-racial-manda-fax-para-governador-pedindo-providencias-civil-muda-ilustracao-racista-em-curso-580032.html#ixzz1lk7rKLNr

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Oprah Winfrey comemora a primeira formatura de sua faculdade na África do Sul


formatura da universidade da oprahOprah Winfrey , 58 anos, contou a história de como ela mencionou a Nelson Mandela, em um chá na casa do líder negro, que estava interessada em construir uma escola para meninas pobres na África do Sul.

A rainha dos talk shows dos Estados Unidos, Oprah Winfrey, viveu uma grande emoção neste fim de semana quando as primeiras graduadas de sua Faculdade para Moças da África do Sul concluíram o curso e agradeceram a ela pelo esforço em transformar meninas pobres em futuras líderes de elite.
Ante as 72 graduadas, Winfrey, que agora possui uma fortuna estimada em U$ 2,7 bilhões depois de ter vivido uma infância pobre no Mississipi, falou do por quê ela decidiu abrir essa academia, cujo investimento em 2007 foi de US$ 40 milhões.
"Eu sei que a educação é a porta para a liberdade," declarou Oprah, usando um vestido verde esmeralda.
"Então eu quis fazer isso por essas meninas que tiveram experiências como as minhas, que tinham circunstâncias desvantajosas, mas não tinham atitudes desvantajosas, mas sim força de vontade e espírito. Eu quis dar a elas a chance que eu tive".
Winfrey, 58 anos, contou a história de como ela mencionou a Nelson Mandela, em um chá na casa do líder negro, que estava interessada em construir uma escola para meninas pobres na África do Sul.
O primeiro presidente negro do país ligou imediatamente para o então ministro da Educação, Kader Asmal. Naquela mesma noite, Winfrey participou num um encontro de planejamento com o ministro.
"Eu realmente pensava que um dia construiria uma escola, mas não esperava que fosse naquele dia", ela brincou.
Falando no idílico campus da Academia de Liderança para Meninas Oprah Winfrey - que conta com laboratórios com computadores, um teatro com 600 cadeirs, uma biblioteca com 10 mil volumes e até um salão de beleza -, Winfrey defendeu a ideia de investir pesadamente em um pequeno grupo de promissoras jovens mulheres.
A faculdade recebeu críticas por se focar em um grupo seleto, em um país que luta para garantir as necessidades educacionais básicas.
"Como você acaba com a pobreza? Dessa forma", afirmou a apresentadora em uma coletiva de imprensa depois da cerimônia.
"Este é o começo do fim da pobreza. Essas meninas agora quebraram o círculo da pobreza em suas famílias".
"Este modelo foi criado especificamente para dizer para a África do Sul, que se você investe na liderança, não apenas em faculdades, não apenas em passar nos testes e nos exames, mas se você investe na liderança, então a liderança vai gerar um efeito em suas comunidades e sua nação".
Visivelmente emocionada durante a cerimônia, Winfrey chorou quando umas das 10 melhores alunas, Mashadi Kekana, fez um discurso de formatura agradecendo à "Mãe Oprah" por seu investimento nas meninas.
A faculdade, no entanto, enfrentou crises até chegar a esse dia.
Logo depois de ser aberta em 2007, a instituição foi atingida por alegações de que uma funcionária teria abusado de algumas das meninas. A funcionária foi presa e indiciada, sendo absolvida mais tarde. Winfrey disse, na ocasião, que estava "profundamente desapontada".
No ano passado, a faculdade foi abalada por relatos de que um bebê morto tinha sido encontrado na bolsa de uma aluna depois de ela ter, aparentemente, escondido a gravidez e dado à luz em segredo.
Mas, no geral, os alunos disseram que a academia mudou suas vidas.
Livhuwani Rapalalani, 18 anos e que planeja estudar no Spelman College - a mais antiga universidade negra para mulheres nos Estados Unidos - declarou que a faculdade de Oprah foi totalmente diferente de sua escola pública primária.
"Lá, não havia muitos recursos, então eu não pude crescer tão rápido e desenvolver meu potencial. Mas quando eu vim para cá e tive apoio e recursos, eu pude crescer como pessoa e brilhar de verdade", contou à AFP.
"A faculdade tem instalações realmente maravilhosas, todos os recursos, todas as pessoas de que você precisa".
Todas as graduadas foram aprovadas nos exames de fim de ano e vão fazer universidades na África do Sul, nos Estados Unidos e outros países.
O campus estava cheio de famílias, jornalistas e convidados vips, incluindo a esposa de Mandela, Graça Machel, que deu uma palestra. Mandela, que está, cada vez mais frágil aos 93 anos, não pôde comparecer.

Laíssa Sobral Martins, ex-catadora, entrou na USP!

A exclusão neste mundo é tamanha que quando digito ex-catadora o world muda para "excitadora" e me dá outras opções, ex-saltadora, exaltadora, parece engraçado não fosse trágico. Noutro dia num evento promovido pelo vereador Ítalo Cardoso sobre o plano municipal de resíduos sólidos na Câmara Municipal de São Paulo, a representante da LIMPURB, órgão responsável pela coleta seletiva na cidade disse a seguinte frase: "é bom que os catadores participem dos eventos da cidade, assim eles ficam conhecidos, (como se não fossem) tem gente que acha que o lixo que coloca na porta de casa, desaparece por abdução, eles não sabem que são os catadores que levam o reciclável embora." O Eduardo, do Movimento Nacional dos Catadores presente na mesma mesa, quase infartou. Imaginem a reação do restante da plateia formada na sua maioria por catadores de todo cidade? Se a cidade não conhece os catadores, mesmo depois de mais de 60 anos da existência destes profissionais, porque o world teria a obrigação de conhecer? O que ela não explicou, por exemplo, é que durante a Formula 1 a prefeitura gasta milhões na pista, mas, até onde fiquei sabendo, os catadores não ganharam nem uma marmitex com arroz, feijão e ovo. Bem se eles são ETs, talvez tenham um outro tipo de alimentação diferente da nossa... ou gostem do lanchinho.

Laíssa é uma menina de 19 anos que nasceu pobre, favelada, negra, com uma irmã deficiente e que, por ainda não estar satisfeita com todos os estereótipos e preconceitos que poderia esta família viver, a mãe, Mara, adotou mais 14 crianças, têm uma obesa também, aqui não falta problema!! Mas, sobra amor e dedicação.
A família de Mara não é formada por letrados, muito pelo contrário, Laíssa foi à primeira da família a entrar na universidade. Em dezembro de 2010 ela se matriculou em uma universidade particular. Tinha muito medo, não foi fácil encarar, mas encarou e já de cara ouviu professor dizendo que usava catador pra ganhar dinheiro. Bem, pelo menos este conhece os catadores.
Nas voltas da vida Lalá conheceu Nara, uma estudante da UNESP de Ourinhos. Nara e Lalá logo se tornaram grandes amigas. Mara a mãe de Lalá e presidente da Cooperativa de Catadores da Granja Julieta até tinha uma pontinha, pra não dizer pontona de ciúmes quando Lalá dizia que a cooperativa de catadores de Ourinhos era o máximo, linda e que a Nara e seus amigos da incubadora da UNESP faziam um trabalho maravilhoso. Achava que a filha exagerava até que ela própria viu o trabalho daqueles estudantes com seus próprios olhos e a partir daquele momento passou a admirá-los. Mas, a participação de Nara vai além nesta história. Ela começou a estimular a Laíssa a lutar por uma vaga na universidade pública.
Passado o susto de ouvir o que ouviu do professor, nas idas e vindas de Ourinhos, Laíssa viu-se inscrevendo para concorrer a uma vaga na incubadora da USP. Entre cerca de 140,150 inscritos somente ela e mais dois estudantes foram contratados pela incubadora. A menina desbancou estudantes de grandes universidades, até mesmo da USP.
Alegria imensa, tudo de bom, mas, pra pagar a universidade Lalá trabalhava na cooperativa e ganhava cerca de 900,00 reais por mês, agora na USP ganharia bem menos e não teria como bancar as despesas, alimentação, mensalidade, passagem....Irônico né, com status, sem dinheiro.
Foi então que ela me procurou bem envergonhada e disse:"Jô, o que você acha de eu tentar me transferir pra USP? Hoje é o último dia para inscrição."
"O que você está esperandoooo?"
laissa ex catadora na uspNão tenho 100,00 pra pagar a inscrição.......
Resolvido o problema da inscrição, recebi um email com a lista de livros que repassei para alguns amigos queridos da Agenda 21,uma certa blogueira suja que publicou não bastasse a lista de livros que a menina tinha ler quanto os que não precisava.
Feito, um mutirão pro Lalá. Livros foram enviados, muita gente suja colaborou. Laissa não sabia de nada estava trabalhando na construção de casas com o ONG Um Teto para Meu País. Quando chegou ficou emocionada com os muitos emails. Carlos Henrique, professor universitário, e consultor do Ministério do Meio Ambiente foi pessoalmente a cooperativa levar alguns livros, que foram fundamentais para Laíssa.
Não preciso contar que ela passou em 4º lugar, agora é uma Uspiana, a partir de 2012 é na USP Leste que Laíssa estudará, continuará seu curso de gestão ambiental.
A Agenda 21 de Santo Amaro homenageou Laíssa no lV Encontro das Agendas 21 da Macro Sul de São Paulo, quer que esta homenagem seja um estimulo aos jovens como ela e também uma justa homenagem ao seu esforço e de sua mãe.
Laíssa estudava o tempo todo, começava as 4h da madrugada, de domingo a domingo tentando buscar um tempo perdido nas salas de aula de um sistema público de ensino que não visa colocar jovens como a Laíssa na universidade pública.
Não sei se feliz ou infelizmente Laíssa chega a USP num clima de guerra, repressão, truculência, mas sei que ela sempre viveu a truculência da polícia, a guerra pela sobrevivência e a repressão do Estado. Quem vive na favela sabe bem o que é uma invasão, mas, também sabe lutar e a menina Laíssa o sabe.
Laíssa como ela mesmo diz "tem a cor de seus bisavós que nasceram negros", tem a cor da luta pela liberdade e se preciso for, lutar por uma universidade livre ela lutará. Lutar para que outros jovens como ela tenham as mesmas oportunidades que jovens de classe média tem, ela lutará.
Em sua breve vida como membro da incubadora de resíduos ela já tem fortes laços de amizade e companheirismo, está aprendo e levando o que aprendeu para a cooperativa e para a periferia. Está ensinando na incubadora o que a vida lhe ensinou a duras penas, e assim sendo, fazendo revolução.
Se a USP é para quem tem dinheiro para ir pra Disney e estudar em colégio particular caro, um prêmio, para as Laíssas da vida é oportunidade de virar o jogo e mudar o país.
Só avisando, na casa dela tem 12 Laíssas e mesmo assim a cooperativa de catadores da Granja Julieta será transferida para a Capela do Socorro. A prefeitura de São Paulo não acha que gente como ela, a mãe e os irmãos sejam dignos de trabalhar no bairro da Granja Julieta.
Parabéns Laíssa, nós nos orgulhamos muito de você.

Cor, rosto e gênero quem está ascendendo economicamente no Brasil?


CONCURSO DE ADMISSÃO Á CARREIA DE DIPLOMATA 2012

A Diretoria Geral do Instituto Rio Branco divulgou esta semana o edital de abertura do concurso de admissão à carreira de Diplomata. Ao todo, o certame oferece 30 vagas, sendo 2 delas para candidatos com deficiência.
Para participar do concurso é preciso que os interessados possuam o ensino superior completo.
A remuneração mensal oferecida aos selecionados é de R$ 12.962,12.
Os interessados devem realizar as inscrições entre os dias 26/01/2012 e 12/02/2012, na Página da Cespe/UnB. A taxa de inscrição que deverá ser paga pelos candidatos é de R$ 150,00.
O processo seletivo será executado em quatro etapas: a primeira será constituída por prova objetiva com questões sobre a História do Brasil, Língua Portuguesa, História Mundial, Política Internacional, Geografia, Inglês, Direito Internacional Público e Economia. Na segunda etapa será realizada uma prova escrita de Português. Já na terceira etapa será realizada uma prova escrita com questões sobre Geografia, Política Internacional, Inglês, História do Brasil, Noções de Direito, Noções de Economia e Noções Direito Internacional Público. Por fim, a quarta e última etapa consiste na aplicação de provas escritas de Francês e Espanhol.