I made this widget at MyFlashFetish.com.

domingo, 25 de setembro de 2011

Esclareciementos sobre a paralisaçao da UFRB

Desde o dia 01 de setembro, foi deflagrada, em assembleia, uma paralisação de atividades dos estudantes da UFRB. Estudantes de todos os campi, mobilizados por diversos problemas que nos afetam e impedem um ensino e formação de qualidade, compreenderam que o melhor a fazer era uma greve seguida de ocupação dos Centros. Já estamos avançando para o 23° dia de ocupação e a esta altura, boatos, especulações e, principalmente, mentiras surgem de todos os lados com um só objetivo: desestruturar o movimento através de falsas acusações.
Embora muito tenha se falado sobre uma “paralisação prematura”, a verdade é que esta discussão já tem cerca de dois anos acontecendo nos encontros do CEB’s – Conselhos de Entidades de Base - que reúne os diretórios acadêmicos de todos os centros.
Estamos sem água nos Centros, mesmo o Reitor tendo afirmado na última mesa de negociação que iria religar a água e a internet nos campi, enfrentamos péssimas condições alimentares e somos acusados constantemente de cometer atos que em nada correspondem com a luta que o movimento vem tentando estabelecer em prol de uma Universidade de qualidade, como é o direito de todos nós.
Particularmente, fui acusado de diversos atos que não cometi, e que não vem ao caso entrar em detalhes para que especulações maiores não sejam geradas, o que posso afirmar agora é: Assim como a maioria dos estudantes, não estou satisfeito com a situação que estamos vivendo, não decidimos pela paralisação por estarmos felizes com as condições que vínhamos enfrentando dentro das salas de aula, pelo contrário, a situação a muito ficou insustentável e  é por isso que eu, e todos os outros que aderiram a luta, estamos abrindo mão do conforto e segurança de nossos lares para abraçar esta luta.
Mais do que muitos que insinuam uma necessidade imediata de assistir aula, eu, pela minha trajetória pessoal de lutas e sobrevivência, compreendo a importância e a diferença que as aulas fazem em nossa vida acadêmica, mas nesse momento, tratar a universidade como um espaço apenas de aulas, sem reivindicações e luta estudantil, seria um completo despropósito. Apesar disso, respeito as manifestações que são contrárias, e entendo que, assim como temos o direito de ser a favor da paralisação, outros tem de ser contra.
Quero deixar claro, que as mentiras que surgem em meu nome e em nome de todos os colegas que fazem parte do movimento não vão parar nossa luta. Pelo contrário, não estamos preocupados com especulações, os fatos gritam em nossos ouvidos e pedem soluções imediatas. Lembro ainda que, o movimento é diverso e em algum momento fica impossível controlar atitudes individuais que podem parecer ir de encontro ao objetivo principal da paralisação, mas temos feito todo o possível para manter a situação em um nível controlável.
No entanto, fui obrigado a presenciar uma cena lamentável na noite de ontem, quando um estudante, contrário ao movimento, disparou um tiro dentro do campus de Cruz das Almas. Felizmente, ninguém se machucou. Um Boletim de Ocorrência foi feito e esperamos que as medidas necessárias sejam tomadas para que atitudes como estas não voltem a ocorrer.
No mais, certifico a todos que a minha luta, a nossa luta, não visa prejudicar, ferir ou desrespeitar qualquer estudante. Essa não é nossa meta e nossas ações caminham no lado oposto. Lutamos por respeito, lutamos para que os nossos direitos, e também de todos aqueles que se opõem tentando nos prejudicar com inverdades, sejam assegurados.
Estou a disposição de todos que desejarem tirar dúvidas sobre a paralisação, sobre o que vem sendo discutido nas mesas de negociação e nos Centros. Asseguro ainda que, o nosso interesse é unicamente ter nossas reivindicações atendidas para voltar a normalidade de nossas aulas o mais rápido possível.

Grato.
--
Valdir Alves.

Graduando em Ciências Sociais;
Educador de Ensino em Bases Africanas no Grupo de Ação para Promoção Educacional Científico-Cultural (Gapecc);
Bolsista da CNPq com o Projeto Frente de Libertação em Moçambique (Frelimo).

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

OCUPAÇAO DA UFRB


COMUNICADO IMPORTANTE

A UFRB - Universidade Federal do Recôncavo Baiano está ocupada por seus estudantes que sobrevivem em situações precárias. Há vinte e um dias que o ME – Movimento Estudantil ocupou a reitoria da universidade reivindicando melhorias: bibliotecas precárias, laboratórios de informática, ampliação das residências, restaurante universitário (só tem um no Campi de Cruz das Almas) em todos os Campis, infraestrutura, aumento de bolsas da PROPAEE, etc. Todos os Campis estão ocupados pelos estudantes que têm sofrido represálias da instituição.
Os estudantes estão incomunicáveis, já que, a universidade cortou água, luz, telefone, internet. Na ultima assembléia, ficou decidido que reestabeleceriam água e internet, mas ate agora nada foi feito!
Como já era de se esperar, nosso companheiro Valdir Alves é o líder do movimento de ocupação dos Campis e tem sido acusado injustamente de coisas que não fez. Dizem que ele agrediu (fisicamente) duas estudantes de Santo Antonio de Jesus, alem de ter cometido crimes contra o patrimônio publico como destruição de cadeiras, bebedouros e apedrejamento de ônibus.
Em nota, Valdir Alves falou da situação e solicitou apoio ao movimento.

SOLICITAÇÃO
Divulguem a situação da UFRB, nos apóiem, pois a causa é mais que justa. Todas as notas caluniosas a meu respeito não são verídicas [...] estou lutando por um bem coletivo e não por interesses próprios. Tendo essa consciência, sei perfeitamente que esse tipo de postura não leva lutas como essas a lugar algum. O movimento é inteiramente pacifico. Não temos intenção de piorar a situação de nossa universidade, queremos melhorias para ela. Não é interessante informar o que está acontecendo aqui muito menos à forma como têm nos tratado, mas peço: divulguem!

"O governo deveria temer o povo. Jamais o contrário."
(V for Vendetta)